UNE
Quem é jovem muda o mundo. Não há como impedir. No exato momento em que procura o seu primeiro emprego em uma grande cidade, no instante imediato em que pula ou faz barulho em um show de rock, na primeira vez em que ama ou se desilude do amor, quando marca o X na escolha de seu curso para entrar na universidade, a juventude muda tudo o que está aí. Ao calçar seus tênis, novos ou batidos, para encarar o mundo, os jovens acabam por transformá-lo. A mudança é para melhor ou para pior? Bem, isso é a própria juventude que decide.
A escola e a universidade são o primeiro momento de encontro e socialização da juventude. É também onde, pela primeira vez, os jovens podem organizar coletivamente seus olhares, opiniões e vontades de mudar a realidade. A essa atividade, que acontece fora da sala de aula, é dado o nome de movimento estudantil, algo que envolve tanto a organização de uma festa como a participação em uma passeata, a criação de uma empresa júnior ou a representação política para debater as principais questões do país. No meio desse processo, os jovens vão se organizando em entidades como os grêmios estudantis, DAs, DCEs, uniões municipais e estaduais de estudantes, executivas nacionais de cursos. Todas essas organizações juntas formam, há mais de 70 anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Há como participar da UNE e do movimento estudantil de diversas formas. A principal é a própria colaboração em cada DA, DCE ou qualquer outra entidade representativa dos estudantes, debatendo os problemas locais e propondo soluções. Outra grande atividade é a Bienal da UNE, voltada principalmente para a área da Cultura, com mostras universitárias e convidadas de música, cinema, artes visuais, literatura, artes plásticas e artes cênicas. Em muitas universidades do Brasil, a UNE atua também a partir do Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA da UNE).
Entre todos os movimentos sociais brasileiros, o movimento estudantil é, simultaneamente, o mais antigo e o mais jovem, sempre renovado pelas demandas e sonhos de cada geração. Com suas caras limpas ou pintadas, carregando bandeiras de todas as cores, prontos para fazer a diferença, os estudantes são a força mais poderosa da nação e, inevitavelmente, donos de seu futuro.
Por Isabella Lima
Os estudantes são a força mais poderosa da nação e, inevitavelmente, donos de seu futuro. Contudo, tudo que eles fizerem tem sim um grande valor na sociedade, a UNE, por exemplo, foi uma grande união da juventude. Onde, a UNE atinge seu momento de maior importância no cenário político nacional, na defesa dos interesses não só dos estudantes como também de todos. Mais uma vez, a UNE buscava um sentido, uma luta, e acabou encontrando. Mesmo que breve, serviu para derrubar uns, trazer fama a outros e eleger um ou outro deputado. Uma vergonha! Todavia, tudo isso ocorre porque não perceberam esses ilustres jovens, onde a luta agora não seria mais nas ruas, como era a de seus pais. Mas, a luta que mais lhes traria benefícios seria a luta por uma educação de nível no Brasil. Que a luta deveria ser travada no dia-a-dia das universidades, para estabelecer um ensino forte, de qualidade, para demitir professores despreparados, os famosos 'picaretas', que enchem os quadros de todas as faculdades, de tudo que acham na internet (muitos até com títulos de mestre!!!) para democratizar o acesso ao ensino superior sem deixar que, como decorrência, sua qualidade decresça.
ResponderExcluir